Do Cabaré às Sílabas
A cantora Suzana Salles fala
14 de outubro de 2002
da sua vida musical.
Suzana SallesSuzana Salles é a maior intérprete brasileira atual da obra de Bertolt Brecht e Kurt Weill. Além disso, ela desenvolve uma carreira paralela cantando músicas brasileiras inusitadas. Nesta entrevista ela fala da sua vida musical e de seus discos.
Daniella ThompsonComo você começou a cantar?
Suzana SallesComecei a cantar profissionalmente por acaso; sempre cantei com a família em casa, com os tios, as irmãs... no Brasil as pessoas gostam de cantar sempre, desde cantigas de roda, canções de ninar, e na minha família eu tinha tios que tocavam violão e cantavam modinhas antigas, do tempo do império, serestas, modas de viola, toadas do sertão... a gente vai escutando e aprendendo, cantando junto. Sempre adorei música, mas não imaginava virar cantora, nunca tinha pensado nisso. Então, comecei a cantar em família, e mesmo mais tarde custei para perceber que poderia fazer disso uma profissão.
DTVocê contou a Márcia Ferri em wmulher.com: Fazendo jornalismo na ECA, que é onde o Arrigo estudava. Participamos do festival, tiramos o primeiro lugar. Fazíamos vocal eu e Vânia Bastos. Como você chegou a cantar no festival e qual a canção que cantaram?
SSBem, eu estudava jornalismo na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Na ECA havia um coral do qual eu fazia parte, o Comunicantus, e era o que eu mais gostava de fazer na Universidade. Um integrante deste coral, o hoje compositor e músico Hermelino Neder, convidou eu e a Vânia Bastos (que estudava Ciências Sociais), a participar de um grupo que estava acompanhando o então desconhecido Arrigo Barnabé no Primeiro Festival Universitário de Música Popular Brasileira. Isso foi em 79, e a música Diversões Eletrônicas, de Arrigo Barnabé e Regina Porto, ganhou o primeiro lugar no Festival.
DTQuando você foi pra Alemanha pela primeira vez, e como isso aconteceu?
SSEu comecei a estudar alemão em 1980, quando ainda julgava que terminaria a Universidade de jornalismo (pretendia ser correspondente internacional). Acontece que ao mesmo tempo comecei a cantar em todos os shows de Arrigo, que não eram poucos, e também fui convidada para cantar com Itamar Assumpção àquela mesma época, ou seja: eu estava no coração do movimento que viria a ser conhecido como Vanguarda Paulista dentro da história da Música Popular Brasileira. O engraçado é que eu fui deixando de freqüentar a Universidade aos poucos, quase que sem perceber. De repente tinha ganhado uma bolsa do Instituto Goethe para aperfeiçoar o alemão na Alemanha, e a carreira de jornalista já tinha sido abandonada; fui para Berlim estudar alemão durante três meses. Fazia um frio terrível, eram os meses de janeiro e fevereiro, e ali, em pleno inverno, descobri o óbvio: eu queria cantar, ser cantora, me apresentar. Fui à Faculdade das Artes (Hochschüle der Künste) de Berlim, procurei um pianista, ensaiei um repertório Brecht-Weill (era o que havia à mão que me interessava) e consegui me apresentar num dos centros culturais mais atuantes dentro da cena alternativa berlinense da época, a UFA-Fabrik. Eu nem acreditava no que estava acontecendo: tinha virado cantora, com fotografia na Tip-Magazin e tudo, cantando em alemão para alemães. Inacreditável!
DTComo desenvolveu seu interesse na música de Brecht e Weill?
SSA primeira vez que ouvi Brecht e Weill foi no teatro Oficina, Alabama-song. A música mexeu comigo profundamente, e fui me informar sobre os autores. Logo em seguida assisti a um excelente espetáculo de teatro, O Que Mantém um Homem Vivo, cujo título é também o nome de uma canção de Brecht e Weill, e sobre esse espetáculo fiz um pequeno trabalho para a minha escola de teatro (eu tinha 17 anos nessa época). Mais tarde, já cursando a faculdade, fui casada com um músico alemão que morava em São Paulo e que também tocava com o Arrigo Barnabé, chamado Félix Wagner. Ele foi convidado a tocar com o Grupo Ornitorrinco, de teatro, sob direção do Cacá Rosset, o Mahagonny Songspiel, de Brecht e Weill. Depois, esse mesmo grupo tinha um musical só de canções de Brecht e Weill, onde cantava uma das maiores atrizes brasileiras, Maria Alice Vergueiro. Ela interpretava muito bem essas canções, cantando em português. Foi a partir dessas experiências que eu resolvi estrear minha carreira solo em Berlim com Brecht e Weill, já que as partituras eram fáceis de serem encontradas. Essas canções em alemão possuem uma força intrínseca muito grande, uma arte que transcende ideários políticos e sociais. É uma parceria que deu certo, como Lennon & McCartney: quem sai ganhando é a música.
DTQuem são os intérpretes de Brecht-Weill que você acha particularmente inspiradores?
SSAlém de Maria Alice Vergueiro, claro, sempre admirei muito a interpretação de Lotte Lenya, a fonte de todas nós, intérpretes posteriores. Gosto bastante de Teresa Stratas e de Ute Lemper, também, mas a inspiração maior vem de Lotte.
DTQuando voltou ao Brasil, e como começou suas atividades musicasneste país?
SSVoltei ao Brasil em março de 86, e imediatamente convidei alguns músicos para o novo trabalho, formei uma banda, e estreei em junho do mesmo ano numa concorrida sessão numa casa noturna bastante conhecida na época, o Madame Satã. Fizemos bastante shows juntos.
DTParece que você estava cantando com Aquilo Del Nisso naquela época.
SSNessa época tive duas formações de banda diferentes, e viajei bastante pelo Brasil, de Curitiba até o Nordeste, cantando música brasileira; em 1989, fiz uma apresentação das canções de Brecht e Weill com a Orquestra Juvenil do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro Juan Serrano. A temporada fez muito sucesso, e mais uma vez me vi envolvida com esse repertório, que vem acompanhando minha carreira paralelamente a de cantora de Música Popular Brasileira. Também viajei pela Europa cantando como convidada de Itamar Assumpção, ao lado de Na Ozzetti; aliás, a Na e eu fizemos um show juntas durante dois anos , o Princesa e Encantada.
Foi em 1992 que o grupo instrumental Aquilo Del Nisso me convidou para cantar com eles, e a partir daí iniciou-se uma frutífera parceria; eu nunca tinha pensado em gravar meu repertório porque estava muito feliz cantando pelos palcos da vida; sempre gostei muito de pisar no palco, não em estúdio. Foi então que recebi o convite para gravar, pelo selo Camerati, meu primeiro CD. Os arranjos e produção desse CD, Suzana Salles, foi feito pelo pessoal do Aquilo Del Nisso. O repertório era imenso, pois reunia trabalhos que eu apresentava desde 86 com a primeira banda, e usei o critério do coração para escolher as 12 músicas: as que eu mais gostava de cantar. Canções de Itamar Assumpção, de Gilberto Gil, José Miguel Wisnik, Carlos Rennó e Hermelino Neder... sem esquecer as primeiras parcerias com Ná Ozzetti e Itamar Assumpção. Não deixei de colocar uma de Brecht e Weill e outra do cancioneiro clássico brasileiro, "Carimbamba", originalmente interpretada por Luiz Gonzaga.
DTComo você concilia os dois repertórios paralelos que você canta? O público não tem dificuldade identificando seu estilo?
SSA música é o território mais rico e democrático do Brasil. A familiaridade do brasileiro com os ritmos e sons é tão grande que ele sabe entender e amar profundamente a música de todos os lugares, das mulheres búlgaras aos instrumentistas mais vanguardeiros do mundo do jazz. Arrisco até a dizer que o público acha normal que tenha alguém que cante em alemão dentro da MPB. É engraçado, né, mas eu não queria gravar o Concerto Cabaré, para mim era um grande show, claro, mas era mais palco que estúdio, imagine, gravar em alemão, longe de mim. Foi a produtora Elaine Marin quem insistiu muito para que eu gravasse um CD exclusivamente com as canções de Brecht e Weill; eu achava uma loucura, mas tinha encontrado uma produtora que ou era mais louca que eu ou muito mais lúcida. Até hoje não sei qual das alternativas é a verdadeira, mas o CD vende muito bem e é freqüentemente reeditado... Enfim, deu certo (e tinha tudo pra virar a famosa bagunça: gravado ao vivo, com orquestra, em três dias de show, apenas). E eu continuo cantando esse repertório now and then, ele não se esgota, quando eu penso que ele já ficou pra trás, lá vem convite para novas apresentações. Dá para conciliar muito bem os dois repertórios, e hoje em dia os mesmos músicos que me acompanham num show, me acompanham no outro (apesar dos protestos do Chico Saraiva, que diz que aquelas harmonias do Weill são muito alemãs, whatever that means). Tenho que registrar aqui minha profunda admiração pelo Lincoln Antonio, pianista, compositor e arranjador que me acompanha desde o Concerto Cabaré, e o André Magalhães, baterista do Aquilo Del Nisso e produtor dos meus três CDs, dono do Estúdio Zabumba, de São Paulo, além do Chico Saraiva: são amizades e trabalhos que vão seguindo e crescendo juntos.
DTComo você escolheu o repertório e os músicos para o disco As Sílabas?
SSOops, já comecei a responder a essa pergunta anteriormente... O André Magalhães me acompanha de perto desde 92, quando trabalhamos juntos com o Aquilo Del Nisso. Ele é um produtor de CDs bastante requisitado em São Paulo hoje em dia, um grande músico, também. O Lincoln Antonio foi quem escreveu os arranjos e regeu a orquestra do Concerto Cabaré, e a partir dessa experiência continuamos a trabalhar juntos. Foi ele quem me indicou o Chico Saraiva para trabalhar conosco, e inicialmente fomos formando um novo repertório de música brasileira para podermos viajar numa formação econômica tanto sonora quanto financeiramente, e foi o que conseguimos: viajamos bastante pelo Brasil apenas violão, piano (ou teclado) e voz. Fizemos uma longa turnê pelo Nordeste, depois ainda fomos para o Rio de Janeiro, Minas Gerais, interior de São Paulo... e o repertório dAs Sílabas foi se formando durante essas viagens, esses shows. A gente gosta de conversar, de experimentar; cada um tem uma formação musical bem grande, e tudo isso se traduz na maneira como fomos montando o show e a textura dos arranjos. O André Magalhães, depois, no estúdio, conseguiu transformar todos os sons e idéias desses felizes encontros no terceiro CD, As Sílabas.
DTVocê acaba de fazer show em Alemanha. Qual foi a reação?
SSRecebi um convite oficial da Secretaria de Cultura de Nürnberg para apresentar As Sílabas num teatro ao ar livre muito especial da cidade, nas ruínas restauradas de uma antiga igreja, a Katharinenruine. Este convite oficial veio através de uma produtora da Alemanha, a Ponte Cultura, que promove encontros de artistas plásticos alemães e brasileiros há dez anos. Desta vez, haveria também apresentações de música, dança e teatro do Brasil, e então eu fui representando a parte musical. A noite estava bastante quente, agradável, o teatro lotado, o som e a luz excelentes, e acabamos fazendo um ótimo concerto, desses que ficam para sempre marcados na vida da gente. Para mim, conversar com a platéia em alemão foi uma experiência e tanto; eu comecei dizendo que a Secretaria de Cultura já tinha providenciado a lua cheia e que ela certamente viria ainda naquela noite... e os alemães riram. Olhei pra trás, e vi que os músicos estavam surpresos com a reação. Eu gritei pra eles: Ih, to fazendo até piada em alemão, e eles estão gostando, a noite está pra nós, vamos em frente!
E nós fomos. Foi como se o trabalho inteiro de todos esses anos se materializasse ali, naquele concerto: era uma platéia completamente virgem, e a gente exultava em poder mostrar: ei, esse é o nosso show, uma música popular brasileira diferente do que vocês conhecem, essa também é a música popular brasileira, vejam, é esse o nosso trabalho! E as críticas que saíram depois confirmaram todos os nossos melhores pressentimentos.
Suzana Salles descreve todas as canções de As Sílabas.
1. As Sílabasela é uma exortação, uma ode à canção popular brasileira: cantiga, diga lá, a dica de cantar, o dom que o canto tem que tem que ter se quer encantar... O Luiz Tatit vai desfiando o texto e a melodia numa trama tão coesa, tão concisa, que a gente ouve e pensa: Puxa, que coisa simples, como é que ele consegue...? Uma canção auto-explicativa nada explícita! Acho que ela é tanto um ponto de partida como uma síntese do trabalho que o Lincoln [Antônio], o Chico [Saraiva] e eu desenvolvemos todos esses anos: piano, violão e voz dialogando e criando espaços, tudo ao mesmo tempo agora, sem que um se sobreponha ao outro.
2. Xangôessa parceria minha e de Chico César foi feita da seguinte maneira: o Chico me mostrou a música, disse que achava que tinha a ver comigo, e realmente tinha, porque eu simplesmente adorei. Só que eu ia ensaiar com os meninos, achava ela tão curtinha, parecia que faltava alguma coisa. E eu perguntei pro Chico: Mas não tem um refrão, uma levada assim, aaahn... allegro cantabile, sei lá?, e ele, Não, acho que é isso mesmo, tal, e nós pelejando no ensaio, parecia que não tinha liga, a coisa não fluía. Daí eu viajei nessa época para Londres e pra Turquia, conheci Istambul, pisei na Ásia pela primeira vez na vida, vi o rio Bosforo ao entardecer, aquela civilização antiiiga, e as mesquitas, os cantos do Alcorão chamando o povo pra rezar... e no avião, voltando pro Brasil, num alvorecer daqueles que você acorda com a cara toda amassada, exausta e encolhida naquelas poltronas de classe econômica, o refrão veio inteirinho na minha cabeça, melodia e tudo: é Xangô que vai chegar, por Alá canta o Corão, coro atlântico verão, acalanto, uma canção...
3. O Velho Franciscoessa canção foi idéia do violonista Chico Saraiva; o Chico é um músico muito intuitivo, e ele achava que essa música combinava comigo. Fez um arranjo maravilhoso, onde a gente devolve à música uma acentuação rítmica que beneficia o entendimento da letra, que é genial, como todas as letras do nosso grande Francisco Buarque de Holanda.
4. Foi Boto, Sinháum clássico do cancioneiro popular brasileiro que eu sempre amei, composto pelo paraense Waldemar Henrique com letra de Antonio Tavernard pelos idos da década de 30. Ela já foi gravada por muita gente e em muitas versões tanto clássicas como populares, e era muito executada em corais de escola da geração de meus pais; desde pequena fui fascinada pela história do Boto que se transformava em homem para seduzir as moças na cidade, essa lenda indígena que continua viva até hoje nos confins da Amazônia.
5. Die Sieben Todsünden (Prolog)o prólogo de Os Sete Pecados Capitais, de Brecht e Weill: essa foi gravada originalmente com orquestra sob regência do Lincoln Antonio no meu CD anterior, Concerto Cabaré. Só que a gravação não tinha ficado boa, e foi a única canção que tivemos de deixar de lado, muito a contragosto. E foi o Lincoln que sugeriu que a gravássemos em estúdio com o Toninho Ferragutti na sanfona e o Célio Barros no contrabaixo; acho que ele também não se conformava de ter perdido a música no outro CD, já que era ele que tinha feito os arranjos, tinha regido tudo... e desta vez ficamos mais que satisfeitos com o resultado.
6. 50 Ways to Leave your Loveraí está outro exemplo da incrível intuição do Chico Saraiva: ele simplesmente me mostrou a música e disse que ela era a minha cara. Confesso que escutei o Paul Simon, achei assim, Well, OK, mas o que será que... e a gente foi ensaiando, e de repente cantei nos shows, e daí a música vai se mostrando, vai dizendo a que veio, enfim: é uma das canções que mais gosto de cantar. E viva o terceiro olho do Chico Saraiva! O Paul Simon, tão atento à música e à musicalidade do Brasil, certamente ficará feliz em saber que existe uma versão brasileira dessa canção tão gostosa e pulsante como é 50 Ways to Leave Your Lover.
7. Paraíso Euo Arnaldo Antunes é uma das atuais atuantes antenas da música popular brasileira, um compositor que admiro profundamente. Fui até sua casa para ele me mostrar as novidades, pois tinha muita vontade de gravar alguma música inédita dele nAs Sílabas; e ele gravou ali na hora uma fita cassete com seis ou sete músicas; na hora, achei que teria muita dificuldade em escolher alguma, pois todas eram maravilhosas, claro; só que quando cheguei em casa, não tive dúvidas: Paraíso Eu pulou do aparelho de som e nunca mais me soltou.
8. La Luna È Bellauma brincadeira com a grande amiga e parceira Ná Ozzetti, com sua ascendência italiana, com seus olhos azuis, enormes... eu fiz a letra e ela botou a melodia.
9. Certeza É Ilusãotaí outro excelente músico paulista, só que ainda desconhecido do grande público: Paulo Padilha. Uma letra simples, uma melodia igualmente descomplicada, a receita certa dos grandes compositores brasileiros. Só voz e violão, da maneira como foi concebida.
10. Para Ver as Meninasmais um clássico da Música Popular Brasileira, de Paulinho da Viola. Pois é, esse samba do Paulinho é tão lindo que eu tinha medo de interpretá-lo, porque gostava tanto da melodia, da letra... achei que não daria conta. Ainda bem que demos. É uma versão bastante pessoal da música, e creio que ela caminha pelo fio da navalha. Taí uma interpretação que foi sendo construída ao longo dos anos de apresentações pelo Brasil.
11. Valsa dos Olhos Costuradoso Lincoln Antonio me mostrou essa canção e eu peguei na hora pra cantar, ela tem um jeito meio expressionista, meio Alban Berg, cheia dos percursos tortos, cheia de pontas inesperadas... a gente gravou tudo junto, ao vivo, e tivemos como convidado especial o amigo e violinista Thomas Rohrer, um suíço alemão que veio de Basel e mora em São Paulo há sete anosum basileiro, como ele mesmo se denomina.
12. Helenaessa música vem de São Luiz do Paraitinga, cidade aqui do interior de São Paulo onde se celebra um dos mais animados e coloridos carnavais do Brasil; a cidade toda se fantasia e vai brincar na rua, cantando marchinhas compostas pelos próprios moradores, um verdadeiro prodígio de resistência cultural, com blocos de rua, desfiles e festivais de marchinhas. Todo ano vou pra lá e tenho o privilégio de cantar em cima do carro com as bandas de lá. A gente fez um verdadeiro desfile carnavalesco dentro do estúdio, cantando todo o mundo junto em coro, arrastando o pé como a gente faz nas ruas de São Luiz, ora berrando, ora se emaranhando na letra, essas farras que só o espírito de carnaval nos ensina.
Ouçam trechos das músicas aqui.
Suzana Salles: As Sílabas
(Dabliú Discos DB 0098; 2001) 45:56 min.01. As Sílabas (Luiz Tatit)
02. Xangô (Chico César/Suzana Salles)
03. O Velho Francisco (Chico Buarque)
04. Foi Boto, Sinhá (Waldemar Henrique/Antônio Tavernard)
05. Die Sieben Todsünden [Prolog] (Kurt Weill/Bertolt Brecht)
06. 50 Ways to Leave Your Lover (Paul Simon)
07. Paraíso Eu (Arnaldo Antunes)
08. La Luna È Bella (Ná Ozzetti/Suzana Salles)
09. Certeza É Ilusão (Paulo Padilha)
10. Para Ver as Meninas (Paulinho da Viola)
11. Valsa dos Olhos Costurados (Lincoln Antônio/Marcelo Mota Monteiro)
12. Helena (Galvão Frade)
Suzana Salles: Concerto Cabaré
Canções de Bertolt Brecht e Kurt Weill
(Dabliú Discos 946069; 1997) 51:09 min.01. Kanonen-Song
02. Nannas Lied
03. Eifersuchtsduett
04. Alabama-Song
05. Die Seeräuberjenny
06. Matrosensong
07. Denn wie man sich bettet
08. Ansttat-dass Song
09. Liebeslied
10. Havana Lied
11. Surabaya Johnny
12. Die Zuhälter-Ballade
13. Benares Song
14. Die Moritat von Mackie Messer
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