:: The articles in this series were originally published
:: in the online magazine Daniella Thompson on Brazil.


 

Praça Onze in Popular Song, Pt. 4

The retrospective of nostalgia begins.

Daniella Thompson

30 June 2003


Linda Batista

A mere ten years after the destruction of Praça Onze, the square was already being relegated to the ancient past. In “Saudosa Praça Onze,” the lyrics by Evaldo Ruy (who would commit suicide the following year) suggest that the square’s glorious past was already totally forgotten.

Saudosa Praça Onze
(Waldemar Ressureição/Evaldo Ruy; 1953)

Já foste antigamente, Praça Onze
Teu bonde de tostão era ideal
Já é saudoso quando a gente cita
Noel, Custódio Mesquita
Humberto Porto e Marçal
Praça Onze, o tempo voa
Pergunte a qualquer pessoa:
Qual foi o teu carnaval?

Viste o Paulo da Portela
Gargalhada do Salgueiro
E o Claudionor da Favela
Abrir roda a um batuqueiro

Praça Onze dos valentes
Dos poetas e cantores
Onde está toda essa gente?
Onde estão teus trovadores?

Já foste antigamente, Praça Onze
Teu bonde de tostão era ideal
Já é saudoso quando a gente cita
Noel, Custódio Mesquita
Humberto Porto e Marçal
Praça Onze, o tempo voa
Pergunte a qualquer pessoa:
Qual foi o teu carnaval?

Samba recorded by Linda Batista on 7 August 1953
and released on RCA Victor 80.1212-A in October 1953.

= = =

In the carnaval of 1955, Acadêmicos do Salgueiro exalted Pedro Ernesto Batista (1884–1942), mayor of Rio de Janeiro in 1932, when the first competitive samba-school parade took place in Praça Onze. It was also thanks to him that in 1935, the Praça Onze parade became officially sanctioned by the city.

Epopéia do Samba
(Bala/Duduca/José Ernesto Aguiar; 1955)

Exaltando
A vitória do samba em nosso Brasil
Recordamos
O passado de infortúnio, quando o qual surgiu
Porque não queriam chegar à razão
Eliminar um produto genuíno de nossa nação
Foi para a felicidade do sambista
Que se interessou pelo nosso samba
O eminente Doutor Pedro Ernesto Batista
Que hoje se encontra no reino da glória
Mas deixou na terra
Portas abertas para o caminho da vitória
Ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô
A epopéia do samba chegou
Foi em nossa antiga Praça Onze
Que os sambistas de fibras
Lutaram para vencer
Uniram Salgueiro, Mangueira
Portela, Favela, Estácio de Sá
Resolveram resistir
Até a vitória chega
rHoje o nosso samba é feliz
Em qualquer parte do mundo
Nós podemos cantar
Lá-lá-iá, lá-iá, lá-iá, lá-iá
Contra o samba ninguém lutará

G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro’s samba-enredo
in the carnaval of 1955.



Jamelão

One of the living sambistas who had a first-hand experience of Praça Onze is José Bispo, better known as Jamelão. Born in 1913, Jamelão joined Estação Primeira de Mangueira’s bateria at the age of 15. Eventually he began attending the rodas de samba that took place in Praça Onze following the carnaval parades. In 1958 Jamelão released the LP Escolas de Samba, containing sambas-enredo of various escolas. “Samba na Praça Onze” represented the old escola Cartolinhas de Caxias, which paraded for the last time in 1971 before merging with several other schools and blocos to form G.R.E.S. Grande Rio (now Acadêmicos do Grande Rio).

Like “Saudosa Praça Onze,” “Samba na Praça Onze” refers to Noel Rosa and to Paulo da Portela. The latter, founder of G.R.E.S. Portela, abruptly left his escola de samba in 1942—during the final carnaval parade in Praça Onze—as a result of a famous fracas. On carnaval Sunday, Paulo, Cartola, and Heitor dos Prazeres arrived from a performance tour in São Paulo, which left them no time to obtain their respective samba schools’ costumes. They resolved to parade with all three schools (Portela, Mangueira, and Paz e Amor) wearing the black & white colors of their Conjunto Carioca but were forbidden to participate in Portela’s parade. Portela was the champion that year for the second time running and went on to establish a remarkable seven-year winning streak that ended only in 1948. Paulo da Portela never returned to the escola he had founded.

Samba na Praça Onze
(Antônio Fontes Soares)

Praça Onze, tens um passado de glória
Canto em memória dos sambistas de outrora
Quando ouço o toque dos tamborins nas favelas
Lembro do grande sambista
Nosso Paulo da Portela
Em memória vou cantando relembrando o bacharel
Que é o nosso saudoso Noel
Já estão glorificados
Todos cobertos de glória
Os sambistas falecidos,
Que no cenário do samba tem seu nome na história

G.R.E.S. Cartolinhas de Caxias’ samba-enredo, recorded by Jamelão
in 1958 and released on Escolas de Samba (Continental LPP 3012).

= = =

My thanks to Carlos Renato Girao Yoti for the lyrics of “Samba na Praça Onze.”

 


Copyright © 2003–2020 Daniella Thompson. All rights reserved.