Tradução: Alexandre Dias

 

Uma crise urbana em agosto de 1940

Nativos nus chocam o estabelecimento,
e outras lendas.

Daniella Thompson

5 de março de 2002
Tradução: 24 de novembro de 2005


Stoki e a AAYO ensaiano na América do Sul

Outro adendo a Caçando Stokowski, desta vez do livro de Abram Chasins Leopold Stokowski, a Profile (New York, Hawthorn Books, 1982):

Stokowski ficou fascinado com algumas músicas indígenas que ele ouvira tocadas em instrumentos tradicionais. A seu pedido, 150 músicos foram levados de ônibus para participar do concerto no Rio de Janeiro. Uma crise urbana estabeleceu-se quando eles apareceram para o concerto como vieram ao mundo. Uma reunião apressada resultou em membros da orquestra providenciando rapidamente algumas roupas extras.

A apresentação forneceu uma porção considerável das trezentas gravações de música nativa que Stokowski supervisionou e trouxe para casa.

De que apresentação estaria o Sr. Chasins falando?
Seria do concerto da All-American Youth Orchestra regido por Stoki no Teatro Municipal? Ou seria das gravações a bordo do S.S. Uruguay que resultaram nos álbuns de Native Brazilian Music da Columbia Records?

E quem seriam aqueles músicos pelados? Talvez os sempre impecavelmente trajados Pixinguinha e Donga? Ou os professores do Orfeão Villa-Lobos que gravaram os cantos indígenas? Considerando que o quadro de músicos da AAYO contava pouco mais de 100 músicos, aqueles jovens devem ter ficado constrangidos para vestir 150 selvagens a partir do zero.

Trezentas gravações de música nativa?
Só podemos sonhar.

 


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